Um lugar cercado por belezas naturais, como cachoeiras e cavernas prontas para serem exploradas, além de comidas e festas típicas são alguns dos atrativos oferecidos pela cidade de Ortigueira (Norte). Com pouco mais de 24 mil habitantes, mas uma extensão que é a terceira maior do Estado (2.451 metros quadrados), o município mostra grande potencial em desenvolver o turismo.
É o que aponta o ‘‘Inventário dos atrativos naturais de Ortigueira’’, elaborado por professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL). ‘‘Nós fornecemos algumas informações básicas para que a prefeitura e os empresários locais possam desenvolver atividades turísticas’’, explica o geógrafo Wlademir Cesar Fuscaldo, um dos coordenadores do projeto. ‘‘É um local do ponto de vista natural extremamente interessante’’, destaca o geólogo Angelo Spoladore, que também faz parte da equipe coordenadora.
Os responsáveis pelo inventário analisam a melhor maneira de explorar as condições da região. ‘‘A gente procura ver a infraestrutura do município, os meios de hospedagem existentes, as condições das estradas, e fornece ao município esses dados’’, relata Fuscaldo.
Com dez cavernas, sendo seis já mapeadas pelos professores, cinco mirantes naturais e 17 cachoeiras, a região ganha ares convidativos, principalmente para pessoas de espírito aventureiro. O prefeito de Ortigueira, Geraldo Magela do Nascimento, reconhece a importância do projeto. ‘‘Temos pontos turísticos e o inventário possibilita que cheguemos até eles’’, comenta.
Projeto semelhante foi realizado em outras cidades, mas um dado que chamou a atenção dos professores é que a iniciativa pelo inventário em Ortigueira partiu da comunidade. ‘‘Uma professora nos procurou porque os alunos iam a uma caverna e ela estava preocupada com os riscos’’, lembra Spoladore. As buscas por informações também dependeram da participação dos moradores tanto na área urbana quanto na rural. ‘‘A gente sempre conta com a ajuda da população, eles são nossos informantes privilegiados’’, comenta Fuscaldo.
Além de poder contribuir economicamente para a cidade, o levantamento possibilitou aos coordenadores descobrir locais com beleza e relevância histórica desconhecidas até mesmo pelos moradores mais antigos. ‘‘Perto do Ribeirão Rosário achamos possíveis ruínas de uma missão jesuíta’’, diz Spoladore. Do projeto também participa a professora Maria Del Carmen Calvente.
Os coordenadores do projeto contribuem para que as pessoas pessoas possam conhecer mais do lugar onde vivem. ‘‘Nós mantemos a população informada sobre o que está acontecendo em Ortigueira, com paletras em escolas e participação em eventos da cidade’’, conta Spoladore. O inventário faz parte do programa Universidade Sem Fronteiras, do Estado.
Vinícius Fonseca
Reportagem Local
Fonte: http://www.bonde.com.br/folha/folha.php?id_folha=2-1--343-20100303
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